Representante de servidores debate assédio moral junto a membros do Poder Judiciário

26/05/2022 28/06/2022 18:39 561 visualizações

O coordenador-geral da Fenajud e ex-presidente do Sinsjusto, Janivaldo Nunes, participou de roda de conversa e apresentou. 

O coordenador-geral da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) e ex-presidente do Sinsjusto (Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins), Janivaldo Nunes, participou de roda de conversa no âmbito da I Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação do Poder Judiciário Tocantinense. A atividade segue até o dia 27 de maio de 2022 e pode ser acompanhada virtualmente, no canal do Youtube da ESMAT.

A atividade foi realizada pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), por meio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI), Comissão Gestora de Políticas de Equidade de Gênero, Comissão de Assédio Moral, Sexual e Discriminação, Coordenadoria de Gestão Socioambiental e Responsabilidade Social (Cogersa), Centro de Saúde e do Núcleo de Acolhimento e Acompanhamento Psicossocial (NAPsi).

O desembargador Adolfo Amaro Mendes, presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual, no âmbito do 2º Grau do Poder Judiciário Tocantinense, abriu o encontro destacando a importância do evento para a comunidade e introduziu os debates explicando que “tanto o homem como a mulher podem ser sujeitos ativos e passivos dessa modalidade de meio, de reproduzir práticas enraizadas no nosso contexto social, econômico, organizacional e cultural com uma vasta gama de desigualdade, até mesmo relacionadas ao gênero e à raça”, disse.

A juíza auxiliar Rosa Maria Rodrigues Gazire Rossi, da Corregedoria Geral de Justiça e representante da Comissão Gestora de Políticas de Equidade de Gênero, também compôs a Mesa, parabenizou a iniciativa histórica para o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins. Em sua exposição, também citou e contextualizou a Resolução nº 255 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2018, a qual institui a Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário.

Em sua fala, o juiz Adhemar Chufalo Filho, Representante da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão/CPAI, explicou previamente sobre as causas do assédio, destacando que a punição da ação deve ser feita com rigorosidade, “a causa é a falta da educação, mas não a educação cognitiva. É uma educação emocional, espiritual e moral. Essa educação tem de que ser feita a partir da infância”, contextualizou.

Janivaldo Ribeiro Nunes parabenizou o evento e explicou o que o assédio causa às vítimas e porque muitas pessoas não denunciam esses crimes. “Eu começo dizendo que o Conselho Nacional de Justiça andou bem ao prescrever que todos os tribunais se debruçassem sobre temas tão relevantes para a relação interpessoal no ambiente de trabalho na justiça brasileira. Mas penso que os temas deveriam ser seccionados, dada a importância de cada um.”

"O mero ato de gestão não equivale ao assédio moral. Mas quando esse ato desencadeia o sofrimento no servidor. Aí cabe uma pergunta, ele pode ser o desencadeador para a prática do assédio moral", argumentou.

Programação

Na programação da semana, ainda tem ações como a divulgação da pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apresenta dados sobre o sofrimento de assédio ou discriminação no ambiente laboral do Poder Judiciário.

O encerramento da semana será no dia 27 de maio com um Webinário voltado para magistrados, servidores, terceirizados e estagiários do TJTO, com transmissão para as comarcas. O palestrante será Dr. José Roberto Heloani (Unicamp). 

 

Com informações da ESMAT