Resistência e Luta: o que marca a vida da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

25/07/2024 02/08/2024 17:28 148 visualizações

No dia 25 de julho celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Essa data marca a importância da resistência e da luta das mulheres afrodescendentes que enfrentam desafios únicos de discriminação racial e de gênero. Para reconhecer as conquistas, mas também para identificar os desafios contínuos que essas mulheres enfrentam, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados – FENAJUD entrevistou a advogada e candomblecista Camila Garcez, que atua no movimento de mulheres juristas negras, e falou sobre os avanços e como continuam a enfrentar desigualdades profundas no país.

Em uma conversa com a Federação, a Dra. Camila lembra que, a data, além de discutir questões de justiça social e racial, é um momento para honrar as histórias de resiliência, de criatividade e de capacidade de liderança, que inspiram gerações.

Quando perguntada sobre os principais problemas enfrentados, Camila aponta que “é caminhar na perspectiva contra-hegemônica. Porque como mesmo dizia Lélia Gonzalez, no interior do movimento feminista havia um discurso estabelecido em relação às mulheres negras, que elas “eram agressivas e criadoras de caso, que não dava para dialogar com essas mulheres”. Então, a gente ainda tem esse desafio, porque o movimento feminista hegemônico ele não nos contempla, por se arvorar mesmo na desigualdade de gênero. Então, assim, mulheres negras e indígenas seguem com pautas que são diversas ao feminismo hegemônico, que são diversas às mulheres brancas e como isso ainda trafegando muito à margem de todo o sistema. Há uma negação da realidade mesmo das mulheres negras e das mulheres indígenas. Então, o desafio ainda é esse, a gente se colocar no centro da roda.”

Confira a matéria completa:https://fenajud.org.br/?p=15492