Parte da Junta Governativa do SINSJUSTO participou da agenda de encontros sindicais que mobilizou servidores de todo o país, realizada de 02 a 04 de outubro, em Curitiba (PR). Estiveram presentes a presidente da Junta, Maria das Dores, os diretores Luiz Aires, Maria do Socorro Fernandes e Renival Silva; além do assessor jurídico do sindicato, Jhenys Araújo.
Os sindicalistas acompanharam as discussões e debates junto ao Coletivo Jurídico da Federação, participaram do Seminário Nacional de Formação para dirigentes e representantes dos sindicatos do Judiciário brasileiro e também da reunião do Conselho de Representantes, que tratou especificamente sobre a Reforma Administrativa.
“O SINSJUSTO sabe o quanto é importante estar presente nas articulações, nas formações e nos preparar para encarar o processo de luta por nossos direitos enquanto servidores públicos. A Federação nos fortalece e busca constantemente qualificar o diálogo, para que possamos confrontar aqueles que desejam enfraquecer o servidor público e retirar seus direitos”, explicou a presidente da Junta Governativa, Maria das Dores.
O Coletivo Jurídico Nacional, por exemplo, contou com representantes sindicais de 15 entidades filiadas e mais de 70 advogados e advogadas que atuam diretamente com demandas da categoria. “A todo momento vemos tentativas de retirar direitos dos servidores, de enfraquecer a categoria. Por isso, precisamos estar preparados para esses enfrentamentos”, reforçou a diretora jurídica do SINSJUSTO, Maria do Socorro Fernandes.
No sábado, último dia da programação, foi realizada a reunião do Conselho de Representantes da Fenajud para discutir a Reforma Administrativa.
Apresentada com quatro eixos centrais — Estratégia, Governança e Gestão; Transformação Digital; Profissionalização do Serviço Público; e Extinção dos Privilégios —, a PEC agrupa 70 propostas de alteração da Constituição, com mudanças profundas na atuação do Estado.
O coordenador-geral da Fenajud, Eduardo Couto, detalhou a proposta, que ainda não foi protocolada, já que faltam as 171 assinaturas necessárias. Segundo ele, a estratégia é vender a PEC como “a justiceira dos privilégios” para ganhar a opinião pública e tirar a atenção das reais mudanças nas obrigações do Estado.
A deputada federal do Paraná, Carol Dartora, convidada do evento, classificou a PEC como extremamente ideológica. “Na sua centralidade está o desmonte do Estado e a privatização dos serviços públicos”, afirmou. A parlamentar alertou para a necessidade de atenção e organização, já que a intenção é votar ainda este ano.
Em todos os debates e abordagens, foi enfatizada a importância da união dos servidores e da mobilização em seus estados de origem, bem como a participação nas ações presenciais e virtuais em defesa do serviço público e contra a PEC da Reforma Administrativa. “Mais uma vez, a palavra de ordem para todos os servidores públicos é resistência. Não podemos nos curvar e assistir à precarização e ao desmonte do serviço público, bem como à desvalorização dos trabalhadores”, concluiu Maria das Dores.
Com informações do Portal SindjusPR